Diretoria do Palmeiras e a Federação Paulista não falam a mesma língua neste Paulistão — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Por André Hernan e José Edgar de Matos — São Paulo

O Campeonato Paulista está no início, sequer chegou à metade, mas a edição de 2021 expôs novos atritos entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o Palmeiras.

O clube alviverde foi a campo três vezes para jogar pela competição. E já entrou em ruído duas vezes com a entidade que organiza o futebol de São Paulo.

A última vem desde segunda-feira, quando a Federação Paulista começou a costurar um acordo para levar São Bento x Palmeiras, duelo adiado da terceira rodada, para Volta Redonda. A partida acabou confirmada na tarde desta terça, e os dois times entram em campo na quarta, às 21h30 (de Brasília).
Há uma preocupação clara no Palmeiras sobre os protocolos de segurança contra o novo coronavírus. Dois pontos são fundamentais sobre a discordância com a Federação: o deslocamento e a necessidade de se hospedar em um novo ambiente no Rio de Janeiro, justamente no pior momento da pandemia. Somente em São Paulo foram registradas 1.021 mortes nas últimas 24h.

Sobre a partida em Volta Redonda, a comissão técnica e o Núcleo de Saúde e Performance do clube avaliaram que a preparação para o jogo não é a ideal, tanto na parte técnica quanto na parte de alimentação e estrutura. O Palmeiras se incomodou com a mudança repentina de cenário, com primeiro a suspensão e depois a confirmação do jogo em apenas algumas horas.

O desencontro com a Federação ocorre poucas semanas depois de uma insatisfação pública. Quando ainda estava envolvido na final da Copa do Brasil, o Palmeiras tentou adiar o clássico contra o Corinthians, válido pela segunda rodada do Estadual e marcado para o dia 3, entre os dois jogos contra o Grêmio.

A Federação rejeitou o pedido do Palmeiras e manteve o duelo na data original em Itaquera. O Palmeiras poupou grande parte do elenco, usou garotos e ignorou completamente a partida nas redes sociais. Não houve qualquer acompanhamento do duelo, que terminou 2 a 2.

A sequência de ruídos remete ao antigo desentendimento entre Palmeiras e Federação, que chegaram a romper relação depois da final do Paulistão de 2018. Naquele ano, a diretoria presidida por Mauricio Galiotte adotou um tom forte contra a entidade e chamou o campeonato de “Paulistinha”, após polêmica decisão contra o Corinthians.

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